O cromo é um mineral traço, ou seja, seu consumo diário faz-se necessário em pequenas dosagens distribuídas na alimentação. O cromo é um mineral essencial que não é produzido pelo organismo e deve ser obtido a partir da dieta. Alimentos de origem vegetal contém maior proporção desse micronutriente pela incorporação do cromito (forma pela qual o cromo se encontra no solo). O Cromo pode ser encontrado na natureza em diversas formas, sendo que a hexavalente e a Trivalente são as mais abundantes. O cromo trivalente é a forma mais estável e é a forma pela qual o cromo é encontrado nos alimentos. Tendo como fontes o levedo de cerveja, carnes, fígado bovino, ovos, frango, ostras, trigo dentre outras. A sua ingestão diária deve girar em torno de 35µg para homens e 25µg para mulheres.
A absorção do cromo é bem limitada, girando em torno de 0,2 a 2,5%. Algumas formas são mais biodisponíveis. O cromo está disponível na forma de sais: cloreto, picolinato, nicotinato, citrato e pidolato. O cloreto de cromo é absorvido em menor quantidade (0,4%) e o picolinato de cromo possui sua absorção aumentada (0,7-5,2%).
Alguns grupos específicos e situações estão envolvidos em maior depleção desse mineral, como: estresse, traumas, diabetes e atletas. Merecem, portanto maior cuidado quanto á ingestão adequada.
Existe uma regulação na absorção do cromo, portanto nem sempre quanto mais, melhor. Maiores dosagens não significam maior absorção e utilização desse micronutriente. Sabe-se que o consumo de cromo junto com a Vitamina C aumenta sua concentração plasmática, assim como a sua ingestão com carboidratos simples diminui sua concentração em até 35%. Dessa forma, manter uma ingestão equilibrada de vitamina C e em contrapartidas diminuir a ingestão de carboidrato simples como pão, bolo, biscoito, chocolates parece ser uma medida para se otimizar sua absorção.
O cromo desempenha papel fundamental no metabolismo dos carboidratos. Isso por que ele é responsável pela ativação da apocromodulina em cromodulina, que é um sinalizador para a ligação da insulina ao seu receptor, e consequente translocação do GLUT4 para a membrana celular, fazendo com que a glicose seja transportada de forma eficaz para dentro da célula. Além da sua função principal, o cromo também vem sendo listado como limitante do estresse oxidativo e equilíbrio da liberação de citocinas inflamatórias.
Em um estudo realizado em indivíduos diabéticos tipo 2, que fizeram uso da suplementação com picolinato de cromo, verificou-se diminuição da glicemia em jejum, diminuição do reganho de peso e maior porcentagem de massa livre de gordura.
Já em outro estudo realizado em adultos saudáveis que suplementaram picolinato de cromo, não houve nenhuma diferença significativa quanto a perda de peso, diminuição da gordura visceral ou aumento do gasto energético. Levando a crer que o uso do picolinato de cromo não exerce efeito direto na perda de peso.
O cromo não está diretamente ligado á perda de peso, porém podemos perceber na prática clínica que o seu consumo está relacionado á diminuição do apetite por doces, e consumo alimentar, podendo ser importante aliado em dietas restritivas (com baixo consumo calórico).
Consulte o seu nutricionista sobre a melhor forma de utilizar esse mineral fundamental.
Cássio Niela faz parte da equipe de Nutrição da SNC de Salvador. Ele é graduando em Nutrição pela UNEB.
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